quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Lá, onde a dor dói mais doída


Butterflies and Poppies, 1890 - Vincent van Gogh (1853-1890)

É verdade, a Vida te mostra quão pequeno és
Para que saias de teu Sonho de onipotência,
De tua Vida com muitos pensamentos e poucos pés,
Do teu delírio de onisciência.

Então, é hora de refletir por que tudo, do nada, desanda.
Mas tua reflexão é feita com (boa) arte,
Seja às notas de Buarque de Hollanda,
Ou à sombra de um quadro de Vincent,
Para então entenderes que és mera gente,
E não Deus que vive em toda parte.

Por acaso, ainda lembras aquela única vela a te alumiar?
Falaste dela no sábado que há muito deixou de ser,
Mas sabemos que não era só por lembrar,
Como o faz quem teima em não esquecer,

Era mais um trunfo no jogo do Amor,
Do qual teimaste em pertencer,
Mas esqueceste de que, no jogo que for,
Há sempre a possibilidade de um dia perder!

Belém/PA, 19 de Outubro de 2011
(Dom Aquiles Crowley)

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Fora, Temer!