segunda-feira, 30 de maio de 2011

Móveis Coloniais de Acaju: quando a arte vira (um bom) negócio

Texto extraído e adaptado de Administradores.Com
Autoria de Simão Mairins.


Capa do álbum C_MPL_TE



O início foi como o de qualquer outra banda: um grupo de amigos do colégio tocando em uma garagem para se divertir. A diferença é que, quando a coisa começou a ganhar corpo, mais que bons músicos, os meninos acabaram se revelando, também, grandes empreendedores. Tirando proveito do fato de ser numerosa e seus integrantes terem formações profissionais nas mais variadas áreas, a brasiliense Móveis Coloniais de Acaju tem se firmado como banda-empresa, conquistando fãs em todo o Brasil e dando uma lição de como o casamento entre arte e negócios pode dar certo.
"É possível viver de arte? Sim, é", diz Gabriel Coaracy, baterista da Móveis. Mas, para quem pensa que é fácil, ele vai logo fazendo uma ressalva. "Dá muito trabalho! É um esforço sobre-humano", brinca o músico.
Diferentemente do que é comum ver no show business, a Móveis Coloniais de Acaju optou pela autogestão, dividindo funções administrativas entre os integrantes de acordo com o perfil de cada um.
"Chegou uma hora em que passou a ser impossível não pensar a banda empresarialmente", conta Gabriel. Desde então, cada integrante teve de se dividir entre os instrumentos e alguma função administrativa. "Eu sou publicitário e trabalho muito com internet. Então, juntamente com o Eduardo (gaita, escaleta e teclados), cuidamos da parte virtual da banda. O André (vocalista) faz toda a parte de arte. Já o BC, nosso guitarrista, é economista e faz todas as prospecções financeiras", conta Gabriel.
Envolvidos com o mundo dos negócios, os músicos também têm procurado diversificar a banda enquanto empresa. "A gente já começou a experimentar a produção de áudio publicitário e estamos pensando em atuar como palestrantes. Tem também a nossa loja virtual, com a qual fizemos a primeira experiência agora e superou as expectativas", conta Gabriel. Além disso, o grupo realiza, em Brasília, o festival Móveis Convida, que, na edição de 2010, além de apresentar bandas do circuito independente, ofereceu oficinas e palestras sobre o mercado cultural.

Administrando o negócio

Para o artista, fazer arte não é problema. Fazer negócios, às vezes, é. Como explica Verônica Ribeiro, gestora do Programa de Artesanato do Sebrae Paraíba, a falta de preparo para a gestão, geralmente, é o maior calo na hora de iniciar um empreendimento. "Aquilo que se produz é feito com muita facilidade. Entretanto, muitas vezes, ele não sabe vender o produto", explica.
Na Móveis Coloniais de Acaju, o apoio na parte administrativa veio de outros iniciantes. Quando começaram a se estruturar como empresa, os músicos-empresários contrataram os serviços de consultoria da AD&M, empresa júnior de Administração da UnB - Universidade de Brasília, que elaborou o modelo de gestão da banda. "Com esse modelo a gente cresceu muito", afirma Gabriel Coaracy.

domingo, 22 de maio de 2011

Numa cidade muito longe daqui

Enquanto isso, numa viela jurunense, dois garotos brincam  de Polícia e Ladrão quando um fala para o outro:
- Ah, eu não quero ser a polícia! Você sempre me coloca como o malvado da estória!

"É isso aí D2...o momento é de caos
A população tá bolada... muito bolada
Eu também tô bolado parceiro...
Numa cidade muito longe,
Muito longe daqui
Que tem problemas que parecem
Os problemas daqui
Que tem favelas que parecem
As favelas daqui
Existem homens maus
Sem alma e sem coração
Existem homens da lei
Com determinação
Mas o momento é de caos
Porque a população
Na brincadeira sinistra
De polícia e ladrão
Não sabe ao certo quem é
Quem é herói ou vilão
Não sabe ao certo quem vai
Quem vem na contramão
É, não sabe ao certo quem é
Quem é herói ou vilão
Não sabe ao certo quem vai
Quem vem na contramão
Porque tem homem mal
Que vira homem bom
Porque tem homem mal
Que vira homem bom
Quando ele compra o rémedio
Quando ele banca o feijão
Quando ele tira pra dá
Quando ele dá proteção
Porque tem homem da lei
Que vira homem mal
Porque tem homem da lei
Que vira homem mal
Quando ele vem pra atirar
Quando ele caga no pau
Quando ele vem pra salvar
E sai matando geral
É parceiro
E aí é que a chapa esquenta
É nessa hora que a gente vê quem é fiel
Mas tanto lá como cá
Ladrão que rouba ladrão
Não tem acerto, é pedir terror
Não tem perdão
Quem fala muito é X-9
E desses a gente tem de montão
Mais o X do problema
Tá na corrupção
Um dia, o bicho pegou
O coro comeu
Polícia e bandido bateram de frente,
E aí meu cumpadre
Aí tu sabe
Aí foi chapa quente, chapa quente...
Bateu de frente
Um bandido e um
Subtenente lá do batalhão
Foi tiro de lá e de cá
Balas perdidas no ar
Até que o silêncio gritou
Dois corpos no chão, que azar
Feridos na mesma ambulância
Uma dor de matar
Mesmo mantendo a distância
Não deu pra calar
Polícia e bandido trocaram farpas
Farpas que pareciam balas
E o bandido falou:
Você levou tanto dinheiro meu
Agora vem querendo me prender
E eu te avisei você não se escondeu
Deu no que deu
E a gente tá aqui
Pedindo a Deus pro corpo resistir
Será que ele tá afim de ouvir?
Você tem tanta basuca,
Pistola, fuzil, granada
Me diz pra que tu
Tem tanta munição?
É que além de vocês
Nós ainda enfrenta
Um outro comando, outra facção
Que só tem alemão sanguinário
Um bando de otário
Marrento, querendo mandar
Por isso que eu tô bolado assim
Eu também tô bolado sim
É que o judiciário tá todo comprado
E o legislativo tá financiado
E o pobre operário
que joga seu voto no lixo
Não sei se por raiva
Ou só por capricho
Coloca a culpa de tudo
Nos homens do camburão
Eles colocam a culpa de tudo
Na população
(E o bandido...)
E se eu morrer vem outro em meu lugar
(Polícia...)
E se eu morrer vão me condecorar
E se eu morrer será que vão chorar?
E se eu morrer será que vão lembrar?
E se eu morrer... (já era)
E se eu morrer
E se eu morrer... (foi!)
E se eu morrer
Chega de ser subjulgado
Subtraído, um subandido de um
Sublugar, subtenente de um
Subpaís, um subinfeliz
subinfeliz.
Subjulgado, Subtraído,
um subandido de um sublugar,
subtenente de um subpaís,
um subinfeliz..
Mas essa história
Eu volto a repetir
Aconteceu numa cidade
Muito longe daqui
Numa cidade muito longe,
Muito longe daqui
Que tem favelas que parecem
As favelas daqui
E tem problemas que parecem
Os problemas daqui
É isso aí Sapucahy..
Polícia ou bandido?
vai saber né"

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Van Gogh, a Tragédia e a Cor: Woman Winding Yarn

Woman Winding Yarn, 1885 - Vincent van Gogh (1853-1890)

"Mudar de alimento estimula o apetite".
(Vincente van Gogh, Paris, 11 de outubro de 1875)

A Metamorfose ou Os Insetos Interiores ou O Processo


"Notas de um observador:

Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.

A futilidade encarrega-se de maestrá-los.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.
Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, in(f)vertebrados.
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se
A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
Na morte e na merda.

Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores."

sábado, 14 de maio de 2011

AGBF7A ganha o 1º Faci Show levando o lúdico da Turma do Chaves e a sensualidade do tango e da salsa para o palco



No dia 6 de maio de 2011, a Faculdade Ideal realizou seu 1º Faci Show, evento organizado pelo Profº. M. Sc. Oswaldo Jr, e com apoio do corpo docente da faculdade, para integrar o calendário de eventos do curso de Administração da IES. O Faci Show consistiu em um trabalho acadêmico efetivo (TAE), onde os participantes tiveram que demonstrar conhecimentos acadêmicos em conteúdos de três disciplinas de cada semestre, devendo responder a uma questão de cada disciplina selecionada para o evento. O conteúdo abordado foi disponibilizado antecipadamente pelos professores das disciplinas selecionadas, possibilitando aos alunos escolhidos pelas turmas se prepararem. Cada professor disponibilizou duas perguntas de sua disciplina e as respectivas respostas esperadas, que foram colocadas em envelopes lacrados, os quais o aluno escolhia um para responder o questionamento de seu conteúdo. Além dessa etapa do evento de avaliação de conhecimentos, cada turma teve que apresentar dois números artísticos, que poderiam ser desde apresentações musicais até piadas moralmente aceitas, e que, assim como a etapa de perguntas e respostas, eram avaliadas por um corpo de jurados composto por professores da Faci e que atribuíam notas entre 0 e 10,0 para as apresentações, gerando, com a apuração das avaliações, os três primeiros colocados na competição acadêmica e os três primeiros colocados na competição artística. O objetivo do evento foi, além de avaliar o conhecimento acadêmico por meio das perguntas, incentivar nos alunos a aplicabilidade prática de forma interdisciplinar do planejamento e execução de um evento, desenvolvendo no discente uma visão estratégica de composição de relacionamento interpessoal e de direcionamento de esforços para execução de objetivos comuns.
Amarildo esperando o Profº. Josué fazer a pergunta de Gestão da Qualidade 
Ana Claudia aguardando a pergunta de Adm. Estratégica 
A grande vencedora da noite foi a turma AGBF7A, que levou o primeiro lugar tanto na modalidade acadêmica como na artística. Na modalidade de perguntas acadêmicas, a AGBF7A foi representada pelos discentes Amarildo Ferreira Júnior, Ana Claudia Santos e Raul Rodrigues, que responderam questões das disciplinas Gestão da Qualidade, Administração Estratégica e Redes, respectivamente. E, na modalidade talento artístico, foi representada pela encenação do Festival da Boa Vizinhança da Turma do Chaves (Thyago Farias e Gabriel Uliana Gabriel - cortinas; Amarildo Júnior– Seu Madruga e direção da peça; Beatriz Rodrigues – Dona Florinda; Daniela Rodrigues – Pops; Hugo Vasconcelos – Kiko; Jorge Giordano – Nhonho; Leandro Martins – Chaves; e Simony Nishida – Chiquinha), e pela apresentação de um espetáculo de tango e salsa pelo trio Ana Claudia, Clívia Silva e Raul Rodrigues.

Turma do Chaves cantando "Se Você é Jovem Ainda"
Seu Madruga iniciando a apresentanção da Turma do Chaves - "Em cores, ao vivo e em tela panorâmica..."
Quinteto Vizinhança cantando "Sapinhos"
Seu Madruga e as meninas da Turma do Chaves - Daniela Rodrigues, Beatriz Rodrigues e Simony Nishida
"Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda..."
Recebendo das mãos do Prof. Lourenço o troféu de talento artístico (aos fundos Prof. Tadeu e Prof. Allan, e batendo a foto o Prof. Oswaldo Jr)
Ana e Raul dançando tango
Ana, Raul e Clívia dançando salsa 
AGBF7A e o Prof. Tadeu
AGBF7A reunida ao final do evento
Turma do Chaves agradecendo à plateia
Dona Florinda (Bia), Nhonho (Jorge), Seu Madruga (Amarildo), Chiquinha (Simony), Pops (Dani), Kiko (Hugo) e Chaves (Léo Belém)



Vale lembrar que os alunos da AGBF7A também foram ganhadores do I Vinil Festival, realizado no dia 9 de novembro de 2010, quando estavam no 6º período (AGBF6A) e apresentaram espetáculos de dança como Thriller, do Michael Jackson, e Dirty Dance.



Fora, Temer!