sábado, 4 de abril de 2015

Artigo completo IV EICS - Turismo Cultural na Amazônia: ressonância de processos afetivos, sensíveis e morais em um festival cultural em Abaetetuba, Pará, Brasil

Brinquedos de Miriti de Abaetetuba (imagem de Amarildo Ferreira Júnior, 2014)


O município de Abaetetuba, no estado do Pará, é caracterizado artístico-culturalmente pela presença de artesãos que criam, a partir da palmeira conhecida popularmente como miriti, diversos tipos de artesanato, com destaque para os denominados Brinquedos de Miriti, atividade única e própria do município. Depois de ter disponibilizado os slides de apresentação, deixo-lhes a seguir o artigo que discute a ressonância de processos afetivos, sensíveis e morais nas relações sociais e culturais que os artesãos que criam esse tipo de brinquedo, denominados de artesãos de miriti, desenvolveram entre si ou com agentes responsáveis por controles mercadológicos ou por políticas públicas durante a realização do 11º MiritiFestival, evento de importância social, cultural e econômica que ocorreu em um espaço público de Abaetetuba no mês de maio de 2014.
Versão com a escrita revisada daquela apresentada no GT 04 - Cidades e Turismo: processos de cooperação e conflito no uso dos espaços urbanos, do IV EICS – Encontro Internacional de Ciências Sociais: espaços públicos, identidades e diferenças, realizado entre 18 e 21 de novembro de 2014, em Pelotas (RS), este trabalho foi elaborado mediante observações e entrevistas durante a organização e realização do festival, com realização prévia de revisão bibliográfica para articulação dos quadros teóricos aplicados na investigação, os quais partem dos conceitos apresentados por Bourdieu de campo de relações e de habitus, e aprofundam-se com a contribuição dos estudos dos ajuntamentos e das interações que Goffman empreendeu e que permitem a compreensão dos significados e sentidos que ressonam durante o encontro de dois ou mais indivíduos que estão na presença imediata uns dos outros num dado momento.
Clique AQUI para ter acesso à versão original, e, em casos de citação, recomenda-se a seguinte referência:


FERREIRA JÚNIOR, A.; FIGUEIREDO, S. L. Turismo Cultural na Amazônia: ressonância de processos afetivos, sensíveis e morais em um festival cultural em Abaetetuba, Pará. In: EICS - Encontro Internacional de Ciências Sociais: espaços públicos, identidades e diferenças, IV, 2014, Pelotas (RS). Anais... [recurso eletrônico]. Pelotas (RS): UFPel, 2014. p. 1-18. Disponível em: <http://www2.ufpel.edu.br/ifisp/ppgs/eics/arquivosgts/GT%2004/7.pdf>.

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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Van Gogh, a Tragédia e a Cor: Congregation Leaving the Reformed Church in Nuenen

Congregation Leaving the reformed Church in Nuenen, janeiro-fevereiro de 1884 e outono de 1885, Vincent van Gogh (1853-1890)

"Théo, eu decididamente não sou um paisagista; se faço paisagens, sempre haverá nelas vestígios de figuras".
(Vincent van Gogh, Haia, 7 de janeiro de 1882)


Obs.: na manhã de 7 de dezembro de 2002, esta pintura, além do quadro View of the Sea at Scheveningen, foi roubada do Van Gogh Museum, em Amsterdam. Em dezembro de 2003, a polícia holandesa condenou dois homens pelo crime, mas as obras não foram recuperadas. Caso tenham quaisquer informações sobre a localização dos quadros, entrem em contato com a embaixada ou consulado holandês mais próximo.


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Apresentação IV EICS - Ressonância de processos afetivos, sensíveis e morais em um festival cultural em Abaetetuba, Pará, Brasil

Em novembro do ano passado, estive na bela Pelotas (RS), onde fui muito bem recebido, especialmente pelo casal Fabíula Rosso e Leonardo Reichert, que me levaram nos locais dos melhores doces da cidade, para apresentar um artigo originário da minha pesquisa de dissertação. Apresentado no GT 04 - Cidades e Turismo: processos de cooperação e conflito no uso dos espaços urbanos, do IV EICS – Encontro Internacional de Ciências Sociais: espaços públicos, identidades e diferenças, o trabalho apresenta considerações sobre o MiritiFestival, realizado anualmente na cidade de Abaetetuba, conforme sintetizo no resumo abaixo. Sendo assim, disponibilizo-lhes os slides utilizados naquela ocasião. Posteriormente, compartilharei com vocês o trabalho completo.

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RESUMO: o município de Abaetetuba, no estado do Pará, é caracterizado artístico-culturalmente pela presença de artesãos que criam, a partir da palmeira conhecida popularmente como miriti, diversos tipos de artesanato, com destaque para os denominados Brinquedos de Miriti, atividade única e própria do município. Este trabalho discute a ressonância de processos afetivos, sensíveis e morais nas relações sociais e culturais que os artesãos que criam esse tipo de brinquedo, denominados de artesãos de miriti, desenvolveram entre si ou com agentes responsáveis por controles mercadológicos ou por políticas públicas durante a realização do 11º MiritiFestival, evento de importância social, cultural e econômica que ocorreu em um espaço público de Abaetetuba no mês de maio de 2014. Para alcance desse objetivo, foram realizadas observações e entrevistas durante a organização e realização do festival, com realização prévia de revisão bibliográfica para articulação dos quadros teóricos aplicados na investigação, os quais partem dos conceitos apresentados por Bourdieu de campo de relações e de habitus, e aprofundam-se com a contribuição dos estudos dos ajuntamentos e das interações que Goffman empreendeu e que permitem a compreensão dos significados e sentidos que ressonam durante o encontro de dois ou mais indivíduos que estão na presença imediata uns dos outros num dado momento. Esse procedimento permitiu constatar que as relações que ocorrem no interior de atividades artístico-culturais específicas e que contribuem para defini-las permitem entender que práticas consideradas culturais também exercem funções econômicas e sociais – o que é facilmente percebido no MiritiFestival enquanto evento de celebração dos Brinquedos de Miriti de Abaetetuba, atrativo turístico desse município denominado como “Capital Mundial dos Brinquedos de Miriti”, e momento de realização de trocas simbólicas e econômicas entre expositores e visitantes, agentes mercadológicos ou responsáveis por políticas públicas. Também permitiu entender por que os artesãos de miriti, talvez como resposta às pressões exercidas por turistas e outros tipos de consumidores, por lojas de artesanato, por produtores culturais, por instituições de fomento ao empreendedorismo e por órgãos culturais e de gestão e planejamento turístico, por exemplo, ampliam as formas de artesanato que criam e modificam suas maneiras de criar, comercializar e se associar sem mudarem, contudo, o princípio gerador de suas práticas e, por isso, conseguem manter-se e reproduzir-se no campo de relações do qual fazem parte. Ademais, também se pode afirmar que o evento constituiu-se em diversos lugares para onde confluíram significados e sentidos e nos quais as ações eram orientadas e se modificavam de acordo com cada situação vivenciada pelos atores durante aquela ocasião social, ora suscitando relações de cooperação, ora trazendo à tona conflitos.

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Fora, Temer!