segunda-feira, 25 de junho de 2012

Modernización agrícola: su influencia en la percepción del agua




Comparto con ustedes este vídeo que Sol González me mostró y que presenta la percepción de niños de una familia produtora de papas en el páramo venezolano en relación a el agua y su contaminación por agrotoxicos.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Van Gogh, a Tragédia e a Cor: A Pair of Leather Clogs

"C.M* me pergunta então se uma mulher ou uma moça que fossem belas não me agradariam, mas eu lhe disse que me sentiria melhor e combinaria mais com uma que fosse feia, velha ou pobre, ou infeliz, por qualquer razão, mas que tivesse alcançado a inteligência e uma alma pela experiência de vida e pelas provações ou desgostos".
(Vincent van Gogh, Amsterdam, 9 de janeiro de 1878)

A Pair of Leathers Clogs, 1888, Vincent van Gogh (1853-1890)
*C.M é a abreviação do nome de um tio de Van Gogh, Cornelius-Marinus, também chamado de Cor.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O meu lugar

"Eu nasci junto à pobreza que enriquece o enredo
Eu cresci onde os 'moleque' virá homem mais cedo". (
Triunfo - Emicida)
"Sobrevoe num voo o zoo onde você sobrevive/
Observe a ordem natural das coisas em declive/
Inclusive eu tive lá, e não te vi lá". (From Hell Do Céu - Black Alien)
"Meu nome é favela/é do povo do gueto a minha raíz/Becos e vielas/Eu encanto e canto uma história feliz/De humildade verdadeira/Gente simples de primeira". (Favela - Arlindo Cruz)
"É só regar os lírios do gueto/Que o Beethoven negro vem pra se mostrar". (Brixton, Bronx ou Baixada - O Rappa)
"os verdadeiros heróis são os guerreiros da vida". (Fininho da Vida - O Rappa)
"Assim crescendo eu fui me criando sozinho/Aprendendo na rua, na escola e no lar/Um dia eu me tornei o bambambam da esquina/Em toda brincadeira, em briga, em namorar". (Espelho - João Nogueira)

Todas fotos apresentadas nesta postagem foram
tiradas pelo autor com uma câmera de 1.3 MP de um celular Samsung Duos.
As fotos são da Comunidade Novo Progresso (irônico, não é?!), localizada no
bairro do Benguí, , periferia de Belém/PA, onde o autor viveu sua infância,
adolescência e o início da vida adulta, quando se mudou para o bairro
do Jurunas, também na periferia de Belém.
O objetivo do autor é mostrar o descaso que sua comunidade sofre
mesmo após mais de duas décadas de existência.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Adágio

Crane, Banksy
Mais vale dois pássaros voando do que um na mão.

(Dom Aquiles Crowley)

terça-feira, 5 de junho de 2012

4/20


 Criminalizar seu uso
É pedir a Pavlov condicionar a escolha humana,
Arbitrariedade cheia de abuso,
Why not let free the marijuana?

O preconceito perpetua a lógica proibicionista,
Desconsidera suas significações culturais
Seus valores medicinais e cerimoniais,
E patrocina uma guerra sem fim em vista.

Aprisionados ao zoológico,
Cada maluco Solana Star,
Pra fya bum o nervo ótico,
Precisa de agilidade ao dichavar
O aroma que tranquiliza a sala
Enquanto a fumaça sativa por si mesmo fala:
- We’re Mada Kaya, Saint Ganya, Your fren Likkle Green!
We’re THC, we’re free!

A marcha segue em frente,
Trotando sobre os destroços da Babilônia
A cada noite em que você conversa com a insônia.
Sem sensimilla, busco sagacidade
Para juntar meus versos ao coro pela legalidade
Com uso de argumento e discurso inteligente,
Feroz, tenaz, felino e cheio de si.
Tal humor ácido é baseado em la vache qui rit
E foi me dado quando JAH se pôs a me reggar,
Pique Luther King, que pregava com o coração,
Para que então eu consiga afirmar
Que queremos mais cânhamo, menos canhão!

Belém/PA, 5 de junho de 2012
(Dom Aquiles Crowley)

domingo, 3 de junho de 2012

Manifesto da antropofagia periférica


por Poeta Sérgio Vaz, no livro "Literatura, pão e poesia" (Global Editora)



A Periferia nos une pelo amor, pela dor e pela cor. Dos becos e vielas há de vir a voz que grita contra o silêncio que nos pune. Eis que surge das ladeiras um povo lindo e inteligente galopando contra o passado. A favor de um futuro limpo, para todos os brasileiros.

A favor de um subúrbio que clama por arte e cultura, e universidade para a diversidade. Agogôs e tamborins acompanhados de violinos, só depois da aula.

Contra a arte patrocinada pelos que corrompem a liberdade de opção. Contra a arte fabricada para destruir o senso crítico, a emoção e a sensibilidade que nasce da múltipla escolha.

A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.

A favor do batuque da cozinha que nasce na cozinha e sinhá não quer. Da poesia periférica que brota na porta do bar. Do teatro que não vem do "ter ou não ter...". Do cinema real que transmite ilusão. Das Artes Plásticas, que, de concreto, quer substituir os barracos de madeiras. Da Dança que desafoga no lago dos cisnes. Da Música que não embala os adormecidos. Da Literatura das ruas despertando nas calçadas.


Banksy, London, 2011
A Periferia unida, no centro de todas as coisas.

Contra o racismo, a intolerância e as injustiças sociais das quais a arte vigente não fala. Contra o artista surdo-mudo e a letra que não fala.

É preciso sugar da arte um novo tipo de artista: o artista-cidadão. Aquele que na sua arte não revoluciona o mundo, mas também não compactua com a mediocridade que imbeciliza um povo desprovido de oportunidades. Um artista a serviço da comunidade, do país. Que armado da verdade, por si só exercita a revolução.

Contra a arte domingueira que defeca em nossa sala e nos hipnotiza no colo da poltrona. Contra a barbárie que é a falta de bibliotecas, cinemas, museus, teatros e espaços para o acesso à produção cultural. Contra reis e rainhas do castelo globalizado e quadril avantajado. Contra o capital que ignora o interior a favor do exterior. Miami pra eles? "Me ame pra nós!". Contra os carrascos e as vítimas do sistema. Contra os covardes e eruditos de aquário. Contra o artista serviçal escravo da vaidade. Contra os vampiros das verbas públicas e arte privada. A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.



Por uma Periferia que nos une pelo amor, pela dor e pela cor.



É TUDO NOSSO!


Van Gogh, a Tragédia e a Cor: An Old Woman from Arles

"...a vida não nos teria sido dada para enriquecer nossos corações, mesmo quando o corpo sofre?"
(Vincent van Gogh, Amsterdam, 9 de janeiro de 1878)

An Old Woman of Arles, 1888, Vincent van Gogh (1853-1890)   

Fora, Temer!