quarta-feira, 13 de junho de 2012

Adágio

Crane, Banksy
Mais vale dois pássaros voando do que um na mão.

(Dom Aquiles Crowley)

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu disse à vc que ñ curtia poesias... ms,hj consigo perceber a importância delas através de vc. Estou aprendendo também...q a poesia em si, nunca está vazia! pq a mesma, é a tradução do sentimento do autor, embora ñ a entendamos no momento que a lemos...porque, como entender algo q ñ conhecemos? contudo, se criarmos intimidades com os autores das poesias, certamente elas farão sentido!

Antes de te conhecer talvez eu pensasse assim:
*Origami esquecido de propósito, p/ser visto ou despencar pela força do vento ou ser molhado e destruído pela chuva...com certeza eu ñ veria beleza nessa imagem!...apenas um papel dobrado.

Hoje penso: imagem poética
* Animal de beleza esplendorosa, porém solitário...talvez por sua própria decisão! isolar-se p/uma maior compreensão da vida...querendo apenas a simplicidade e respeito! mesmo com a altitude,ñ se amedronta...entretanto, só buscará voos longos se o coração estiver pronto!

Simplesmente linda essa imagem! amei!!!!!

(R...)

Amarildo Ferreira disse...

Que bom que tenho conseguido tocar pelo menos uma pessoa com o que escrevo. Na verdade, a poesia é isso: está em todo lugar, bruta mas ao mesmo tempo delicada, e o qeu nos falta é conseguir apreendê-la. Talvez não o consigamos por sermos condicionados a nos fechar como ostras, sem nos comunicar com o nosso próximo, com a natureza, com a cidade ao nosso redor.
No fimdas contas, fazer rima é a parte mais fácil, o difícil é conseguir perceper a poesia percorrendo nossas vidas.

Shiloh, querida (não entendi o porquê do anonimato!).

P.S: essa imagem é um grafite do Banksy, um artista comtemporâneo subversivo do qual gosto muito e de quem ninguém conhece o rosto ou o verdadeiro nome. Banksy faz intervenções urbanas de forma crítica, como esta, em que mostra esse origami com o peixe no bico. Minha percepção da imagem foi de que ele quis chamar atenção para a artificialidade da cidade, e por isso colocou uma ave de papel, e para o contraste entre meio-ambiente e ação do homem, no qual sempre a natureza sai prejudicada. E esse foi o mote para o único verso desse poema: inverti a lógica do dito popular "mais vale um pássaro na mão do que dois voando" para chamar atenção de que mais vale a natureza livre do que escrava do homem. Mas, adorei o significado que você tirou disso. Poesia é isso: às vezes a escrevemos com imagens, às vezes a lemos com o tato, em outras, a deglutimos com os ouvidos, de vez em quando a cheiramos com os olhos, mas sempre a entendemos com o coração. É assim: singular e plural!!!!

Anônimo disse...

Obrigada por sua explanação...adorei! O "R..." subjetividade pra quem ñ me conhece! mas, quem fez parte do contexto...certamente compreende!

Fora, Temer!