sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Resposta de um megalomaníaco ou Meu haikai não tem métrica

Como ouvir calado sobre minha megalomania
Se em tuas magoadas palavras
Não há resquícios de cortesania?

Belém/PA, 30 de setembro de 2011
(Dom Aquiles Crowley)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

GesLinguística - O Idioma da Gestão: Verticalização da Produção


Fábrica de Emoticons

Verticalizar o processo de produção consiste em manter este processo, desde a extração da matéria-prima até sua industrialização, sob responsabilidade de uma mesma empresa, ou seja, esta empresa é a mesma que extrai sua matéria-prima e a industrializa. Vários fatores implicam na adoção da verticalização (centralizada ou descentralizada) ou na não verticalização, tais como disponibilidade de mão-de-obra, de energia, estrutura de logística, influência de leis, posição cultural, infraestrutura, disponibilidade de recursos naturais, grau de estabilidade política, etc. Assim, essa decisão tem que ser pautada nas necessidades da empresa e nas alternativas que ela possui.
Verticalizar de forma centralizada é quando o processo de produção ocorre na mesma localidade onde se obtém a matéria-prima, ao passo que verticalizar de forma descentralizada é quando as etapas de produção ocorrem em lugares diferentes. Por exemplo, a Vale extrai minérios no Brasil  que são levados para o exterior para serem industrializados, sob a desculpa de que lá há energia em escala maior e mais barata, e mão-de-obra qualificada, retornando após isso ao Brasil. É claro que seria mais interessante para o Brasil que esse minério fosse beneficiado aqui, mas isso não ocorre devido interesses de grupos específicos.
O papel de países emergentes, como Brasil, China e Índia, tem uma grande importância para o processo de verticalização, pois são tais países que darão suporte para manutenção de negócios por pelo menos algumas décadas. Convém destacar, porém, que qualquer negócio, verticalizado ou não, deve ser responsável, promover o desenvolvimento da região na qual encontra-se e dá retorno a sociedade.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Os Estágios de consolidação da Administração Científica segundo Maximiano


Cena do filme Tempos Modernos (1936), de Charles Chaplin (1889-1977)
Maximiano (2000, p. 163) afirma que o desenvolvimento da Administração Científica ocorreu em três distintos estágios. De acordo com o autor, o primeiro estágio correspondeu à busca da solução do problema que a sociedade da época enfrentava com os sistemas de pagamento, que eram definidos por dia trabalhado ou por peça produzida, mas que geravam desvantagens à produção pois, ao adotar o sistema de pagamento por dia trabalhado, em que o salário era fixo, os trabalhadores não produziam além do que achavam adequado, e, no sistema de pagamento por peças, os operários tendiam a manter a produção em níveis baixos, devido à prática adotada de redução do preço pago por cada peça quando a produção aumentava. Assim, Taylor propôs o estudo de tempos para padronizar o trabalho e definir com precisão os valores dos salários (MAXIMIANO, 2000, p. 164).
No segundo estágio da Administração Científica, surge a padronização das ferramentas e equipamentos, a definição da sequência e programação das operações, o estudo dos movimentos e a definição do homem de primeira classe, que seria aquele que é altamente motivado e realiza suas atividades sem desperdício de tempo e restrição da produtividade, tendo, portanto, que ser selecionado para a função mais apropriada e com maiores incentivos financeiros, pois mesmo essa classe de trabalhador poderia ser ineficiente caso não fossem atendidos esses requisitos (MAXIMIANO, 2000, p. 166). Por fim, o terceiro estágio do desenvolvimento da Administração Científica reafirmou as ideias das duas fases anteriores, transformando-as em princípios, e estabeleceu a mudança na divisão das responsabilidades dentro da empresa, determinado a criação do departamento de planejamento, que realizaria a divisão entre o trabalho intelectual e o de chão de fábrica (MAXIMIANO, 2000, p. 168).

Referência
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da Escola Científica à Competitividade na Economia Globalizada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Importância do Setor de Serviços para a Economia

Lovelock & Wright (2006, p. 5) consideram que a definição do conceito de serviços não é fácil, devido à diversidade de suas atividades e ao processo de produção de resultados intangíveis que os caracteriza; porém, o definem como ato ou desempenho oferecido que pode estar ligado a produto físico, mas com desempenho essencialmente intangível e normalmente sem resultar em propriedade de nenhum dos fatores de produção, caracterizando-se como atividades econômicas que criam valor e fornecem benefícios para clientes em momentos e lugares específicos. Essa definição tem origem na diferenciação entre serviços e bens, e considera que os produtos dos serviços são realizações intangíveis, embora o pacote de serviços apresente componentes físicos que podem ser utilizados durante o processo de produção e entrega de resultados (LOVELOCK; WRIGHT, 2006, p. 17).
Johnston & Clark (2010, p. 28) dizem que o conceito de serviços também pode ser visto sob a perspectiva do cliente sobreposta à perspectiva da operação. Assim, o cliente considera serviço como o pacote que recebe, no qual estão contidas suas expectativas e a experiência direta, muitas vezes única. Por outro lado, as operações administram os serviços como o processo de input (entrada de recursos) - transformação - output (resultados), constituído por duas partes: a linha de frente, ou front office, responsável pela entrega e contato direto com o cliente, e a retaguarda, ou back room, responsável pelas atividades de apoio.
Serviços também se caracterizam pelo maior envolvimento do cliente no processo de produção e pela maior região de contato que há entre a empresa prestadora do serviço e as pessoas que recebem seus resultados, além de apresentarem variabilidade em suas entregas (LOVELOCK; WRIGHT, 2006, p. 18-9). Assim, por terem a característica de serem consumidos de forma simultânea à produção e pela natureza da operação que realizam, serviços têm padronização e controle menores e mais difíceis de serem alcançados, variando, portanto, de acordo com o cliente atendido, com a pessoa que presta o serviço ou com o momento em que o serviço é executado. Ademais, ocorre maior dificuldade de avaliação dos serviços pelos clientes, que os avaliam utilizando aspectos subjetivos, como a confiança transmitida ou a experiência vivida durante sua prestação.
Os serviços participam da economia mundial desde a Antiguidade Clássica – como na educação dos jovens atenienses, por exemplo –, mas essa participação era marginal se comparada à agricultura, principal atividade econômica da época (CORRÊA; CAON, 2008, p. 23). Embora tenha adquirido importância em alguns países como Portugal, por exemplo, durante o período da baixa Idade Média, quando os serviços de navegação obtiveram grande importância devido ao comércio de especiarias e tecidos adquiridos no Oriente, o setor de serviços, que teve sua importância reduzida na economia mundial entre a primeira Revolução Industrial, no século XVIII, e o limiar do século XX, apenas assumiu maior importância econômica e global nas últimas décadas, ao adquirir maior participação na produção e circulação de riqueza mundial e apresentar-se como parcela mais dinâmica da economia, sendo responsável pela maior parte do crescimento de empregos nos diversos países do mundo (LOVELOCK; WRIGHT, 2006, p. 5), inclusive no Brasil, como demonstra o Gráfico 1, que compara o número de admissões do setor de serviços no Brasil durante o primeiro semestre de 2011 em relação aos outros três setores mais representativos no mercado de trabalho brasileiro.

Gráfico 1 Evolução da admissão em empregos formais - 1º sem/2011
FONTE: MTE/CAGED, 2011
Segundo dados da CNS - Confederação Nacional de Serviços (2011, p. 1), o setor de serviços representou 67,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano de 2010, e apresentou 4,0% de aumento no PIB do primeiro trimestre de 2011, se comparado ao mesmo período do ano anterior. Essa realidade, que, segundo Lovelock & Wright (2006, p. 6), tem relação direta com o desenvolvimento da economia e a elevação da renda per capita no tempo, passou a ser construída a partir de transformações político-sociais e tecnológicas, como a urbanização e as mudanças demográficas, por exemplo, que impulsionaram as empresas ao estado contínuo de mudanças e ampliação da diversidade de serviços oferecidos para alcançar satisfação das necessidades de seus clientes, que se tornaram mais exigentes por causa do maior acesso que o desenvolvimento da Tecnologia da Informação (TI) lhes deu a bens, serviços e informações (CORRÊA; CAON, 2008, p. 24).
Além disso, algumas atividades exercidas como apoio à criação de diferencial competitivo ou suporte às atividades principais de outros setores da economia, dentre elas as atividades de recrutamento e seleção ou de assistência jurídica, por exemplo, também podem ser classificadas como serviços, embora não sejam consideradas como tal nas estatísticas governamentais (CORRÊA; CAON, 2008, p. 25). Assim, essa parcela de serviços, classificada como serviços internos, além de exercer papel importante no desempenho desses outros setores da economia, também evidencia a crescente importância dos serviços como geradores de riqueza e empregos (LOVELOCK; WRIGHT, 2006, p. 7).
Referências
  • CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS. Serviços: PIB e Segmentação. Disponível em: http://www.cnservicos.org.br/documentos/economia/001/Setorial_PIB_Segmentacao.pdf. Acesso em 31 de ago. 2011.
  • CORRÊA, Henrique L.; CAON, Mauro. Gestão de serviços: lucratividade por meio de operações e de satisfação dos clientes. 1. ed. 5. reimpr. São Paulo: Atlas, 2006.
  • JOHNSTON, Robert; CLARCK, Graham. Administração de operações de serviço. 1. ed. 4. reimpr. São Paulo: Atlas, 2010.
  • LOVELOCK, Christopher H.; WRIGHT, Lauren. Serviços: marketing e gestão. 1. ed. 7. reimpr. Tradução Cid Knipel Moreira; revisão técnica Mauro Neves Garcia. São Paulo: Editora Saraiva, 2002. 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Horto

Imagem obtida em http://marciob.hdfree.com.br/ARTIGOS.htm
E o palhaço roda aquele malabare
E eu tô aqui a escrever
Mas o palhaço não está mais naquele lugar
E minha letra feia e bêbada já não sabe o que falar
E o que rimar, e o que dizer, e o que cantar.
Se eu já não sei rimar
É porque não sei o que diz meu coração
                     E se
                                                                                 Eu não sei o que ele tem a dizer
                                                                                   É porque já não sei o que tenho a fazer
Aqui, ali ou naquele lugar onde a gente ia pelas manhãs
Pois já não sou somente eu!

(Dom Aquiles Crowley)
Belém, 17 de setembro de 2011

HashTag: #SkolLitrão #EngHawaii

Tree Roots, 1890 - Vincent van Gogh (1853-1890)
Preciso que pessoas se afastem assim, de uma vez. Preciso deixar elas irem. Na verdade, a ideia é que a vida rume, tome sentido.
Só o que me resta é engolir essa cerveja e me servir de tudo aquilo que não existe.
E a chuva cai, não como uma luva, mas tão precisa quanto um delírio. E nada faz sentido; não posso acertar sobre a vida, a vida é agora e o que foi, somos a marca, somos apenas resquícios de marcas, e esperamos sobreviver.
Vida é sobrevivência!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Planejamento e Gestão da Comunicação no Varejo

No dia 29 de agosto de 2011, o prof. Msc. Mário Botelho, de (U)Tópicos Especiais em Administração II, passou um vídeo falando sobre o título desse post. Vídeo bacana, instrutivo e tal. Ao final da aula, o professor deixa como trabalho para o próximo encontro, que foi no dia 2 de setembro, a criação de um modelo que estruturasse o conteúdo apresentado no vídeo, mas, como frequentemente ocorre, esqueceu de solicitá-lo no dia marcado. Como o trabalho do meu grupo foi feito por Jorge Giordano e Léo Belém, e para não desperdiçar o esforço deles em criar o modelo, coloco-o abaixo com uma pequena explicação.


Bem, o modelo é simples e se assemelha um pouco à estrutura do Modelo das 5 Forças de Poter, embora a interpretação do modelo de Porter seja diferente e mais complexa. Enfim, o modelo acima apresenta que na comunicação no varejo a criação de publicidade deve definir a promessa básica do produto e sua justificativa, dando origem às ações de promoção, relações públicas e propaganda, que devem estar integradas e em sinergia, para gerar o posicionamento da marca e do produto no mercado (market share) e na mente do consumidor (mind share). Em conversa posterior com o Jorge Giordano, lhe disse que eu colocaria uma seta que fosse do posicionamento de marca e produto à criação de publicidade para o varejo, para demonstrar com ela o feedback obtido e que geraria correções e/ou melhorias no processo apresentado.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Despertar da Bailarina


"Conheci certo dia o poeta encantador
Que brincava com as palavras
E escrevia poesias que mostravam toda sua meiguice e leveza
Palavras que faziam sonhar
Encantador de nobre alma, coração honesto e apaixonante
Que com sua tinta de imaginações e sonhos coloriu o mundo de uma jovem bailarina
Uma jovem borboleta de mente delirante e misteriosa
Que mal sabia de seus próprios desejos de menina
Que buscava encontrar as respostas nas letras tão enigmáticas de seu apaixonado encantador
E encontrou
Encontrou uma nova forma de amor
Encontrou a fonte de sua alegria
Encontrou verdades inocentes e sinceras
Encontrou seus sonhos
E redescobriu seu próprio sorriso
Riso leve da bailarina que na ponta dos pés
Inspirada pelas palavras de seu poeta encantador
Descobriu sua essência"

tomado emprestado de Clívia Pinheiro

Fora, Temer!