sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Energia e meio ambiente: impactos e proposições para a gestão organizacional

Resumo:
O mundo vem apresentando sinais de que a ação humana está degradando de forma cada vez mais nociva os seus recursos naturais e com isso passa-se a cobrar da sociedade atitudes que possam solucionar estes problemas. Sabe-se que a humanidade é cada vez mais dependente do consumo desses recursos e que o esgotamento dos mesmos trará sérios problemas em diversos campos, colocando em risco a nossa própria existência. O desafio agora é procurar meios de continuar com o nosso modo de vida sem causar tantos impactos ao nosso meio-ambiente, ou seja, usar os recursos do planeta de forma consciente garantindo que as próximas gerações também possam usufruir destes. Por isso que é importante definir o papel de cada segmento social para ajudar na solução desses problemas.

Palavras-Chave:
DEMOCRACIA, ENERGIA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
Subject:
The world has shown signs that human action is deteriorating so increasingly damaging their natural resources and with this happening to be charged attitudes of society that can solve these problems. It is known that humanity is increasingly dependent on consumption of resources and the depletion of them will bring serious problems in various fields, thus putting at risk our very existence. The challenge now is to seek ways to continue with our way of life without causing so many impacts to our environment, that is, using the resources of the planet so conscious ensuring that future generations can also enjoy these. So it is important to define the role of each social segment to help in solving these problems.


Keywords: DEMOCRACY, ENERGY, SUSTAINABLE DEVELOPMENT.
Introdução

No final do século XX, questões ambientais passam a ser tratadas num âmbito cultural e político. Isto se deve ao fato da sociedade iniciar uma percepção de que a degradação e o esgotamento dos recursos naturais e energéticos são ameaças reais que podem resultar em um colapso mundial. Com isso, se inicia uma conscientização e engajamento de diversos setores da sociedade com objetivo de buscar soluções para os problemas já existentes e adotar políticas e medidas para um desenvolvimento comprometido com o futuro do planeta.
Tal quadro nos leva a refletir sobre o papel da gestão organizacional nesse contexto, onde a humanidade presencia catástrofes e crises ambientais provenientes de anos de descaso e agressão à natureza.
1. Números de uma realidade
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a energia renovável ocupa 4,5% do total da produção energética mundial, um aumento de 1,3% em relação ao ano de 1971. Dessa percentagem, a energia hidrelétrica constitui a maior parte, entretanto sua exploração em grande escala pode provocar impactos ambientais e sociais negativos, gerando embates entre interesses de diferentes segmentos sociais, como os que ocorrem em torno da construção da hidrelétrica de Belo Monte/PA.
Porém, mesmo tendo fontes de energia renovável com grande potencial de crescimento, o mundo ainda é muito dependente do consumo de combustíveis fósseis e continua emitindo grandes quantidades de gás carbônico (CO2), gerado após a queima desses combustíveis e principal causador do Efeito Estufa e do aquecimento global. Enquanto energias limpas, como a eólica e a solar, respondem por apenas 0,02% da oferta global, a emissão de CO2 aumentou cerca de 20% em relação aos índices de 1990 na América do Norte, por exemplo.
Apesar dos apelos realizados na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em 1992 e do famigerado Protocolo de Kyoto de 1997, visando à estabilização e redução das emissões de CO2, se verificou que essas emissões continuam crescendo, com o continente asiático, devido ao tamanho de sua população e seu constante crescimento econômico, e a América do Norte como principais responsáveis por essa elevação. Em contrapartida, as emissões diminuíram nos países da ex-União Soviética, devido à crise e à reestruturação econômica, e permaneceram estáveis na Europa, mas ainda não atingiram níveis desejados. Só para ilustrar a situação, os Estados Unidos emitem dez vezes mais CO2 do que países emergentes, como o Brasil, e se recusam a assinar os termos do Protocolo de Kyoto, inviabilizando sua implementação. Outro dado que deve ser considerado é que, em 2000, de todos os países que participaram da Convenção e se dispuseram a assinar o Protocolo, apenas Alemanha, Reino Unido e Luxemburgo atingiram níveis de emissão menores do que em 1990.
Enquanto o mundo não diminui suas emissões de gases causadores do Efeito Estufa, verificam-se cada vez mais sinais de mudanças climáticas e projeções nada animadoras. Sabe-se que desde 1900 a temperatura da superfície terrestre aumentou aproximadamente 0,6° C; estima-se que o nível do mar está aumentando numa proporção de 1 cm por década e que a espessura do gelo do mar Ártico diminua 1% por ano. Tufões, ciclones, furacões e fenômenos como o El Niño e as secas na Ásia, África e, principalmente, na região amazônica serão mais frequentes e intensos.
2. Tecnologia no monitoramento amazônico
Sabe-se o quanto é importante a preservação da Amazônia para manutenção do equilíbrio natural em escala mundial, e é por isso que órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Ministério do Meio Ambiente (MMA) estabeleceram parcerias que resultaram em sistemas de monitoramento do bioma amazônico em território brasileiro utilizando sistemas de radar e de sensoriamento remoto. Assim, surge em 1988 um sistema de detecção de desmatamentos conhecido por PRODES, que calcula as taxas anuais de desflorestamento da Amazônia Legal e é utilizado para o planejamento de ações em longo prazo. No ano de 2004 o IBAMA passa a receber, de 15 em 15 dias, dados repassados pelo INPE e gerados por um outro sistema de monitoramento, o sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (DETER), que utiliza sensores com alta freqüência de observação para reduzir as limitações da cobertura:
(a) o sensor MODIS a bordo dos satélites TERRA e ACQUA (NASA), com resolução espacial de 250 m e frequência de cobertura nacional de três a cinco dias; e
(b) o sensor WFI a bordo do CBERS-2, com resolução espacial de 260 m e frequência de cobertura de cinco dias.
Percebe-se que há uma grande frequência de observação, o que permite ao DETER fornecer informações periódicas sobre desmatamentos. Contudo, não é objetivo desse sistema estimar a área total desmatada, para tanto o INPE utiliza imagens de melhor resolução dos sensores TM/LANDSAT (30 m) e CCD/CBERS (20 m), usadas no PRODES, e sim detectar focos de desmatamento pelo Centro de Monitoramento Ambiental do IBAMA (CEMAM), possibilitando uma atuação mais rápida da fiscalização e permitindo interrompê-los no seu curso.
O CEMAM processa imagens e informações geradas pelo sensoriamento dos satélites LANDSAT-5, MODIS e GOES, gerando polígonos das áreas de desmate e verificando focos de calor. Entretanto, a grande quantidade dessas informações são obtidas de maneira individual e desintegrada, sendo potencializadas com a atuação da Coordenação de Monitoramento Ambiental, que analisa tecnicamente os dados gerados e faz uma integração entre os diferentes sistemas do IBAMA. Parte dessas informações é acessada diretamente pelo Sistema de Informações Ambientais (SISCOM), que compartilha informações georreferenciadas geradas pelos órgãos governamentais, possibilitando ao usuário construir mapas, fazer sobreposições e consultar o banco de dados ativando o nível de informação desejada. Outras informações podem ser obtidas em sistemas de interface web, como os de autorização de utilização de produtos de origem florestal (SIPROF), de comércio de produtos florestais em nível nacional (DOF) ou através de solicitação formal de outras instituições públicas com justificativa de motivos quando tratar-se de informações restritas, possibilitando um desenvolvimento sustentável, transversalidade e controle social da proteção e conservação dos biomas brasileiros.


3. Degradação Ambiental versus Democracia

Numa Democracia, são estabelecidos padrões de vida que devem ser comuns a todos os indivíduos de uma determinada sociedade. Tais padrões visam o desenvolvimento sadio do cidadão, o qual não pode ocorrer por completo sem ar puro, água potável, alimentos, luz e calor em medidas certas e uso pacífico do patrimônio comum da humanidade (inserido neste os recursos naturais), entre outras condições. A própria Constituição Federal nos diz, em seu Art. 225, que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, impondo-se o Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Agredir a natureza é, portanto, ferir Direitos Humanos, diluir a qualidade de vida, comprometer a saúde, o bem estar, a sustentabilidade e a própria existência dos cidadãos. Outro ponto afetado pela degradação ambiental na Democracia é a equidade entre os seus membros, uma vez que ocorre a vigência de interesses particulares de uma parcela de privilegiados que, por suas influências, recebem bônus pelo desperdício e degradação gerados pela implementação de determinados projetos, com distribuição de ônus entre os menos favorecidos.
Assim, degradar a natureza fere princípios democráticos, o que obriga a sociedade contemporânea a se conscientizar sobre o papel de cada segmento que a compõe, garantindo a proteção da natureza e, principalmente, de seus Direitos.

4. O papel da Gestão Ambiental

Todos têm sua parcela de responsabilidade nesse quadro, e é por isso que segmentos da sociedade, tais como Organizações Não Governamentais (ONG’s), órgãos públicos de proteção ambiental, agências regulamentadoras de atividade, consumidores e comunidades vizinhas cobram das grandes organizações a adoção e aperfeiçoamento de sistemas de gestão ambiental.
É por meio dessa influência que a concessionária de energia elétrica do Pará, REDE Celpa, desenvolve ações, projetos e programas de investimento ambiental com objetivo de atender à legislação vigente, aperfeiçoar seu relacionamento com clientes e comunidades vizinhas às suas unidades e promover um desenvolvimento sustentável. Para tanto, a Celpa fecha parcerias com seus fornecedores e com órgãos públicos, como a Secretaria Executiva de Ciências, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM), e mantém um elo com o cliente e o Poder Concedente, conhecido como Conselho de Consumidores, que tem a função de receber opiniões dos diversos tipos de consumidores que a empresa atende e passar aos mesmos informações sobre o que está sendo implementando em termos de gestão ambiental.
Todas essas parcerias resultaram em projetos ambientais, como o de Recuperação do Rio Apeú, que promove a recuperação ambiental, social e econômica desse rio, o de Revegetação do Parque Ambiental de Belém, o de Gestão de Resíduos, o de Avaliação Preliminar de Passivos Ambientais, além da implementação do Sistema de Gestão Ambiental compatível com os padrões internacionais ISO 14001 e OHSAS 18001.
Todos esses projetos são gerenciados pela Assessoria de Meio Ambiente da REDE e constituem a forma pela qual a empresa busca um bom relacionamento com os diversos setores da sociedade e contribui com sua parcela de responsabilidade sócio-ambiental para realizar, assim, uma promoção de sua imagem como empresa com desenvolvimento sustentável perante comunidade, consumidores, fornecedores e órgãos públicos, adquirindo prestigio e diferenciação ante seus concorrentes.
Conclusão
A sociedade busca uma solução para toda degradação que provocou à natureza. Por isso, torna-se necessária a participação de todos seus segmentos na proteção e promoção do reequilíbrio natural. Para tanto, as organizações devem assumir sua parcela de responsabilidade e adotarem gestões ambientais que lhe possibilitem promover um desenvolvimento sustentável e responsável. Só com a união da sociedade o planeta pode sonhar com um futuro para as próximas gerações.
Referências
· ALTVATER, Elmar. O preço da riqueza: Pilhagem ambiental e a nova (des)ordem mundial. São Paulo, UNESP, 1995.
· GIDDENS, Anthony. O mundo em descontrole: o que a globalização está fazendo de nós. Rio de Janeiro: Record, 2000

Http://www.espacoacademico.com.br/071/71ruscheinsky.htm (Acessado em 2/7/2008)
Http://www.gruporede.com.br/celpa/responsabilidade.asp (Acessado em 2/7/2008)
http://www.ibama.gov.br/monitoramento-ambiental/index.php/amazonia/
·Http://www.ibama.gov.br/monitoramento-ambiental/index.php/informacoes-ambientai (Acessado em 30/6/2008)
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·Http://www.ibama.gov.br/monitoramento-ambiental/index.php/servicos/centro-de-monitoramento-ambiental (Acessado em 30/6/2008)
.http://www.johannesburgsummit.org/ (Acessado em 5/7/2008)

Viver é ser diferente

Pessoas são diferentes entre si: umas brancas, outras negras; ocidentais e orientais; muitas pobres, poucas ricas, raríssimas milionárias; algumas católicas, outras protestantes, budistas, etc. Entretanto, não vou me prender a citar as diferenças psicológicas, econômicas, políticas, religiosas, culturais, raciais, sociais e/ou sexuais com as quais constantemente nos deparamos nas esquinas de nossa cidade ou nos arredores do mundo. Acredito que o importante é saber encarar e respeitar essas peculiaridades, pois achar que determinada característica ou atitude é incomum ou exótica não cria motivos para recriminá-la, desde, é claro, que não seja algo que agrida o equilíbrio que, ao menos, deveria existir na sociedade, e respeitar as diferenças é um exercício de cidadania e consciência social.
Toda essa diversidade deve ser aproveitada ao máximo, com realização de intercâmbios genéticos, culturais, religiosos e sócio-políticos, percebendo, muitas vezes, que o abismo dessas diferenças é pequeno, raso e banal frente à enorme ponte de respeito que pode ser construída para unir povos, raças e religiões num mundo, utópico talvez, onde todos deixariam suas incompatibilidades de lado para caminharem juntos, em paz e harmonia.
Frequentemente, os meios de informação em massa veiculam notícias de desentendimentos, brigas e até guerras movidas devido a dificuldade de aceitar as peculiaridades encontradas em certos indivíduos, fazendo-nos refletir e procurar uma resposta para tudo isso. Ora, o principio da cidadania não deixa todos iguais perante as leis? A certeza da morte não nos coloca no mesmo destino da Vida? Por acaso, a atmosfera escolhe aqueles que irão respirar seu precioso ar? Precisamos aprender a viver com respeito a todos e só assim poderemos ser dignificados e dignificar o próximo. Respeitar as diferenças é se mostrar humano, é crescer como pessoa e é uma forma de aumentar o intelecto e viver bem...e em paz!

Fora, Temer!