quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Açaí ou Barbárie

Eis a tragédia:
por Amarildo Ferreira Júnior
Açaí ou Barbárie é/será um espaço para apresentar algumas de minhas reflexões políticas (e algumas não tão minhas, mas com as quais concordo com certa intensidade). Não será um espaço do qual se utilizará com uma frequência determinada, posto que a disciplina em escrever não venha sendo um dos meus fortes, como podem comprovar aqueles que esperam as continuações dos textos sobre a religiosidade na música d'O Rappa.
O nome, Açaí ou Barbárie, explicitamente inspirado na famosa frase de Rosa Luxemburgo e no grupo de pensadores socialistas libertários franceses liderados por Cornelius Castoriadis, demonstra muito sobre o pensamento que buscarei apresentar. É evidente, portanto, que proposições desses pensadores aparecerão aqui ou alhures, quase sempre talvez de forma intrínseca, juntamente com outras correntes de pensamento complementares ou mesmo que divirjam neste ou naquele ponto, tomando-se cuidado para não cair na armadilha da suspensão conciliatória que, fazedora de bricolagens, nega conflitos entre maneiras de pensar que ocupam posições e situações distintas, por mais que próximas, dentro desse campo do pensar político. Assim, figurarão por aqui, dentre outras, proposições como aquelas de pensadores cuja atividade cognitiva se direciona hasta y desde Nuestra América, em especial os zapatistas de Chiapas (já presentes aqui no MC sob a tag  contos zapatistas), e de outros intelectuais caros a este editor, sobretudo o francês Pierre Bourdieu e o brasileiro Maurício Tragtenberg.
Sabe-se do risco que se corre ao adotar essa postura, mas não se teme assumi-la, e espera-se que as críticas que se originem sejam aquelas vestidas para a boa batalha, a única que vale à pena, sobretudo quando é irracional. Não se teme os resultados de tal posicionamento sobretudo porque é de bom tom colocar o pensamento à prova da avaliação secular, e sempre deve-se duvidar daqueles autores cujos pensamentos são construídos com base em um único teórico.
Abre-se aqui, portanto, um espaço que vem desde baixo e se dirige para a esquerda. Desfrute-o. Ou não.


Com farinha e sem açúcar,

Açaí ou Barbárie.

Nenhum comentário:

Fora, Temer!