segunda-feira, 25 de abril de 2011

Nação Zumbi: Marketing Malungo


"A propaganda é a alma do negócio", dizem os marketeiros. Mas, será que é tudo simples assim: invista numa boa campanha de Marketing e o sucesso é garantido? Não, fazer uma boa propaganda para um péssimo produto é solicitar carta de dispensa do mercado! A organização atual deve prezar não apenas pela imagem que passa de si e de seu produto ou serviço, mas também pelo o que entrega ao cliente e pelo o que ocorre ao cliente após o recebimento do produto ou serviço. Com relação a produto e serviço, o Código de Defesa do Consumidor relata, em seu artigo 37, a proibição a publicidades enganosas ou abusivas. Entregar o que se ofereceu e nas condições que ofereceu é o mínimo que se espera de qualquer empresa, é piso, parafraseando o estimado Prof. Msc. Josué Monteiro, do @cursoadmfaci.
Mas, o ponto é que essa conformidade entre o que é entregue e o que se promete não deve se manter apenas em produtos e serviços, deve se expandir para toda a organização, caso contrário os resultados podem ser nada agradáveis. A Arezzo sentiu recentemente na pele (literalmente) o peso desse tipo de postura: prometeu vender tendência em moda mas entregou práticas de maus-tratos a animais! Resultado: foi obrigada a retirar sua "Pelemania" de campo (ou de cabide, como queira). Sem falar na Renault, que "ganhou" um site exclusivamente  para falar dos "atributos" de um de seus produtos.
Enfim, o que defendo é que as empresas não devem apenas se importar com suas campanhas de (De)Marketing, e nem com a conformidade entre anúncio e entrega, mas ir além e alinhar produto/serviço, propaganda e, principalemnte, postura. Um conselho?! Ouçam um pouco mais de Nação Zumbi!


Propaganda
(Nação Zumbi)
"Comprando o que parece ser
Procurando o que parece ser
O melhor pra você
Proteja-se do que você
Proteja-se do que você vai querer
Para as poses, lentes, espelhos, retrovisores
Vendo tudo reluzente
Como pingente da vaidade
Enchendo a vista, ardendo os olhos
O poder ainda viciando cofres
Revirando bolsos
Rendendo paraísos nada artificiais
Agitando a feira das vontades
E lançando bombas de efeito imoral
Gás de pimenta para temperar a ordem
Gás de pimenta para temperar
Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar
Como pode a propaganda ser a alma do negócio
Se esse negócio que engana não tem alma?
Vendam, comprem
Você é a alma do negócio
Necessidades adquiridas na sessão da tarde
A revolução não vai passar na TV, é verdade
Sou a favor da melô do camelô, ambulante
Mas 100% antianúncio alienante
Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar
Eu vi a lua sobre a Babilônia
Brilhando mais do que as luzes da Time Square
Como foi visto no mundo de 2020
A carne só será vista num livro empoeirado na estante
Como nesse instante, eu tô tentando lhe dizer
Que é melhor viver do que sobreviver
O tempo todo atento pro otário não ser você
Você é a alma do negócio, a alma do negócio é você
Corro e lanço um vírus no ar
Sua propaganda não vai me enganar"

2 comentários:

Jéssica Souza disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Amarildo Ferreira disse...

Obrigado por ter gostado tanto do post quanto do lay-out! Infelizmente, as empresas ainda agem olhando para o próprio umbigo e pensando apenas nos resultados imediatos,e por isso tentam tirar proveito de tudo, o que é uma pena. Sempre te visito, embora não tenha comentado muito por lá, o que é uma falha minha. Enfim, beijos, linda!

Fora, Temer!