sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Rapadura

Imagem obtida no Cordel Paraíba

Desde meu nascimento
Vivo em greve de fome
Eu, cara pintada n’outro momento,
Hoje não sei meu nome

Então, ser eu mesmo quanto vale?
Para isso não estou nem aí, também não estou em braile
Pois continuo a pular meus carnavais
E mostrar em minha face os sinais

Que ao agarrar-se ao suor de minha tez
Forma o pó do chão ingrato que me fez
Afinal, ser brasileiro é ter bravura

Seja com a mão na pena ou na foice
Pois se a vida aqui é dura
Também pode ser mui doce.

Belém/PA, 5 de maio de 2012
(Dom Aquiles Crowley)

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