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Agora, é só aguardar o open bar Baile de Formatura!!! |
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Camiseta personalizada da Turma |
Boa noite, mantenedores, professores,
formandos, pais, amigos e convidados!
“Já apertaram o botão da folia”, diz a música
dos pernambucanos da Nação Zumbi. Outra música, desta vez do poeta da MPB Chico Buarque, fala sobre se guardar para quando o Carnaval chegar. Existe melhor
metáfora para expressar nossa alegria neste momento do que o mais conhecido evento
brasileiro? Existe melhor época para uma turma alegre e boêmia como a nossa
comemorar sua formatura? Acredito que não! Ora, depois de tantas ocorrências,
chegamos ao clímax de uma caminhada e de uma fase sem igual em nossas Vidas.
Há exatos quatro anos atrás, parte de nós ainda
não se conhecia, mas hoje se pode dizer que estamos nos conhecendo e reconhecendo
mutuamente. Não foi fácil chegar aqui, e nem esperávamos que o fosse, o que é
comprovado pelo fato que de quatro turmas de calouros que encheram esse
auditório há um par de ontens atrás, apenas uma permaneceu na caminhada. E,
qual o porquê disso? Disser-íamos que somos melhores? Acho que não nos cabe o
mérito de tal julgamento, pois, infelizmente, desconhecemos em plenitude os
motivos daqueles que não chegaram até aqui conosco, mas os agradecemos pelos
momentos juntos, embora muitos tenham sido extremamente céleres. Assim, sugiro
que nossa afirmação seja de que somos persistentes e competentes naquilo que
nos propomos e o que nos trouxe até este momento pode ser resumido no uso do verbo
CONQUISTAR!
Conquistar em um sentido amplo, pois não
conquistamos apenas o grau de bacharel em Administração: conquistamos amigos,
amadurecimento pessoal e profissional, prestígio, respeito e conhecimento. E
essas conquistas nos mudaram, não apenas fisicamente, como podemos constatar
quando damos uma olhadinha nas imagens que registraram esses oito semestres e
nos vemos com rosto de garotos e garotas. Em um fevereiro, como este, entramos
pela primeira vez neste mesmo auditório para assistir nossa aula inaugural como
jovens cheios de sonhos, e hoje estamos de volta com muitas realizações e mais
um punhado de sonhos colhidos pelo caminho.
Pode-se dizer que a maioria de nós entrou
aqui recém-chegados à juventude e deslumbrados com tudo, e agora podemos
afirmar que saímos fazendo os outros ficarem deslumbrados. E isso não é
ausência de humildade e modéstia, mas o autorreconhecimento de nossas competências
e limites, afinal, fomos vitoriosos em todos os eventos promovidos pelo Prof. Oswaldo Jr., e que tinham a agradável característica de fazer o lúdico
conversar com o científico. Portanto, agradecemos ao Prof. Oswaldo por todas
essas oportunidades de fazermos uma academia renovada, inovadora e que pensa
diferente, pois foram algumas visitas técnicas ricas em conhecimento (dentre elas,
uma exótica visita a um curtume que teve o que falar) e tantos eventos
diferenciados que nos sentimos no direito de exigir um certificado adicional
que reconheça nossa ênfase em Artes!
Bem, já que citei um de nossos tutores
durante esse processo em que evoluímos, nada melhor do que estender nosso
agradecimento aos demais profissionais que nos envolveram com seus
ensinamentos, colocando no rumo certo aqueles que iniciaram essa caminhada com
alguma desorientação e fortalecendo o foco dos que já sabiam o que queriam. Ora,
se este discurso ainda se faz ecoar pelo auditório, pode-se dizer que o Prof. Josué Monteiro é um dos grandes responsáveis, afinal foi ele quem nos
ensinou que palavras lacônicas e simplistas empobrecem o trabalho e, embora
essa oratória que fui incumbido de apresentar não empobreça nota alguma, teríamos
esvaziada uma cerimônia de colação em que não colocássemos o que aprendemos
durante nosso curso.
E o que falar das reflexões
sócio-ético-político-filosóficas que pudemos ter com o prof. Claudio Carvalho?
Com elas pudemos ser e agir como seres humanos melhores, que olham para o
próximo, e podemos citar como exemplo disso as ações desenvolvidas no município
de Igarapé-Mirim, numa iniciativa da colega de classe Ana Claudia, que foram abraçadas por todos: pela turma, pelos professores, pela coordenação do curso e
por alguns de nossos amigos e familiares. Também agradecemos e elogiamos a
atuação da prof. Tereza Cruz, que além de nos proporcionar conhecimentos
valiosos para o relacionamento e a forma de tratar as pessoas que irão formar
as organizações que por nós são ou serão geridas, também atuou como elemento
que iniciou o processo de catalisação de uma turma que tinha tudo para ser
problemática, e até o foi em algum momento, afinal, somos administradores e não
santos - com sua atuação, professora, pudemos aprender a respeitar nossas
diferenças e perceber que é a diversidade que nos faz forte.
E, por conta dessa
diversidade, temos algumas histórias e estórias dignas de uma Comédia da Vida
Acadêmica, principalmente em certos churrascos que nos fez perceber um estranho
fenômeno: em churrascos acadêmicos, carne e pessoas são mutuamente excludentes,
afinal, quando tínhamos carne em demasia, tínhamos poucas pessoas; e quando
tínhamos muitas pessoas, pouca (na verdade, quase nenhuma) carne aparecia. Sei
lá, pode ser que isso seja algum equívoco de percepção (e acredito que a
Gestalt que a Prof. Tereza nos ensinou consiga explicar isso!), mas somos assim
mesmo: folclóricos, polêmicos, competentes, sem muito medo de passar por
ridículos e hilários, pois já dançamos, atuamos, corremos e tivemos até
aniversário que trocou de data sem aviso-prévio à aniversariante!!!
Então, diga-me, CRIATURA, o que será que a
professora Rossi está pensando disso tudo? Tememos não saber, mas a agradecemos
pelos conhecimentos passados e esperamos que, para utilizar um termo comum em
seus comentários, seu pensamento não seja que estejamos fazendo um “samba do
crioulo doido”. Devemos agradecer, também, à prof. Carol (...zinha!) pelo
profissionalismo e competência que a caracteriza. Ao prof. Tadeu, deixamos
nossa estima e satisfação de tê-lo como professor por mais de uma oportunidade
e de podermos receber dele não apenas seus conhecimentos, que são muitos, mas também
termos tido a chance de ouvir muitas de suas experiências de vida que se
tornaram exemplo a ser seguido pessoal e profissionalmente.
Outra pessoa de quem não podemos esquecer é a
prof. Shelley Primo, que teve uma estadia conosco marcante, embora tão rápida, por
ter se mostrado nossa amiga e nos dado força em um momento delicado (para fazer
uso do eufemismo) dentro da academia. Também estendemos nossos agradecimentos aos
demais professores que se fizeram presentes em nossa jornada, pelos
conhecimentos e experiências compartilhadas e pela exigência que tiveram
conosco, fazendo-nos profissionais que não se contentam com mais do mesmo, e à
coordenação do curso, por ouvir nossas exigências, pelas discussões que
estabelecemos e, embora não tenhamos conseguido alcançar a realização de todas
nossas demandas, nos apoiou em muitas de nossas realizações.
Com nossos amigos, dividimos a alegria desta
conquista, e hoje sabemos (não que outrora já não sabíamos, mas relutávamos
muito a entender) que os momentos em que dispensamos suas companhias e convites
de festas para cumprirmos nossas responsabilidades acadêmicas estão sendo bem
recompensados com o que essa cerimônia representa em nossas vidas. Não podemos
esquecer, também, de nossas companheiras e companheiros amorosos pelo
entendimento, nem sempre fácil, de nossas ausências ou de nosso humor instável,
ocasionado por trabalhos e provas que exigiam muito de nossa capacidade,
criatividade, tempo e, por vezes, paciência.
A Deus, enviamos não apenas nossos
agradecimentos por essa graça alcançada e pelos momentos em que nos livrou da
PS ou em que não nos deixou adquirir SIDA (Síndrome da Imunodeficiência
Acadêmica), mas, também enviamos nossos pedidos de continuar sendo lâmpada para
nossos pés e nossos louvores por ser tão maravilhoso conosco. E quanto aos
pais? O que podemos dizer? Devemos tudo a vocês e reconhecemos que nossa
conduta como adultos é corolário do direcionamento que nos deram desde os mais
tenros anos de nossas vidas. Portanto, a vocês não temos mais o que fazer do
que dedicar essa conquista.
Bem, devo terminar esse discurso antes que
vocês me obriguem a fazê-lo, mas, antes disso, quero deixar alguns versos que
demonstram o significado que esse momento solene deve ter para cada um de nós:
“Há um
tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas...
Que já têm
a forma do nosso corpo...
E esquecer
os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos
lugares ...
É o tempo
da travessia...
E se não
ousarmos fazê-la...
Teremos
ficado... para sempre ...
À margem de
nós mesmos...”