Guernica, 1937, Pablo Picasso (1881-1973) |
Não
quero mais essa suavidade
De
liberdade escravizando minha mente
Cansei
de viver com olhos fechados pra cidade
E vendo
os braços cruzados dessa gente
Não
anseio essa
Sua
Vida
De
Submissão
demente
Sem
rua, sem lida, sem mocidade
Quero melodias
em sol maior de revolução,
Um
brado lunático que prove
Que
este poeta de merda leva no coração
Amor
diplomático e fúria-molotov
Desejo
ser um enredo de mangue beat,
Lampião
zapatista de nossos subúrbios,
Guerrilheiro
além de um simples tweet,
Direct message na cara dos momios!
Dá-me
asco teu ativismo de sofá,
Sofativismo
sem sentido para o amanhã.
Teu
discurso-barbitúrico, Rebelde-Lexotan,
Meus versos irão estricninar!
De que
vale essa sua vida de ramelão?
Buscai
a primavera árabe na chuva amazônica
Que seguirei
com irreverência e inquietação
Sendo
rueiro, vagabundo e marginal
A
pelejar contra a moral babilônica,
Pois já
rompi há tempos com o Gardenal.
O bater
da água do rio é violento
Ou são suas
beiradas que a oprime?
Não se
cala a pergunta, mesmo assim permaneço avante
Sob o
som do tambor Ashanti
A
sonorizar meu movimento
Para
fazer tremer quem me subestime
Há quem
não entenda minha sinceridade,
Meu
sonho de Che Guevara papa-xibé,
Mas
continuo em pé
Com
fé
E assim permaneço até
Entenderes
que não me cai bem essa suavidade.
Belém/Pa, 24 de maio de 2012
(Dom Aquiles Crowley)
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