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Antropofagia - Tarsila do Amaral (1886-1973) |
Quando ele me olha,
Quando roça a barba malfeita na minha nuca,
Quando mordisca meu
pescoço,
Meu ventre molha,
Fico maluca,
Perdida nos braços desse
moço.
E eu, mulher que a
homens devora,
Já não consigo
escapar desse laço
Que me envolve e me
dissolve,
E se tudo que ele
pede eu faço,
Tudo que faço me
apavora,
Pois sinto que até
minh’alma ele absorve!
Belém/PA, 19 de Outubro de 2011
(Dom Aquiles Crowley)
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