quinta-feira, 29 de agosto de 2013

“Se no pequeno está a força, a malandragem é fazer o simples” #1



O título desta postagem é um trecho da música Moving, que faz parte do álbum El Vecindario de Macaco, com participação de Seu Jorge. Utilizamos esta referência para ilustrar que pequenas ações, quando inseridas em nosso cotidiano, podem modificar nossa realidade ecológica para melhor. Abaixo, apresentamos uma dessas ações.



Você sabe o que é poliestireno expandido (EPS, na sigla em inglês)? Esse é o nome técnico para o que conhecemos popularmente como isopor (isopor é, na verdade, a marca registrada da Knauf Isopor Ltda), um tipo de plástico fabricado a partir de um derivado do petróleo, o estireno, após passar por um processo de polimerização.

O isopor é um material muito presente em nossas vidas, principalmente como embalagem, caixa térmica, proteção para eletrodomésticos e outros produtos frágeis, e como material aplicado na construção civil, mas possui um impacto muito alto sobre a natureza, que demora, em média, 150 anos para realizar sua degradação, e na vida nas cidades, onde, quando mal descartado, entope os esgotos. Seu descarte incorreto ocupa muito espaço nos aterros e lixões, que estão saturados e poderiam ser destinados a outros resíduos, e prejudica o solo e impede a penetração de água por sua decomposição ser muito lenta e por ser impermeável.

Entretanto, este material já é passível de reciclagem, ao contrário do que muitos (inclusive eu) pensavam, mas são pouquíssimas as localidades que realizam esse processo de reciclagem no Brasil (na região Norte do país, por exemplo, não existe nenhum tipo de organização que recicle esse material). No entanto, não podemos nos tornar refém dessa situação, que persistirá com diversos materiais enquanto convivermos em um sistema econômico que utiliza o lucro e a lucratividade como critérios únicos para realizar e fomentar inovações e tecnologias que possam reverter situações semelhantes.

Por isso, deixamos duas dicas para você. A primeira é simples e está baseada na constatação de que o isopor é usado em muitas situações em que é possível evitá-lo. Logo, para que cada um faça sua parte é necessário que se passe, por exemplo, a preferir embalagens alternativas que não sejam de isopor para produtos laticínios, frios, ovos, carnes e legumes. Pedir para que seu queijo ou presunto seja embalado somente no plástico, abrindo mão das bandejas de isopor utilizadas no supermercado, já ajuda no combate ao uso desnecessário desse material.

No entanto, nem sempre é possível declinar do uso do isopor, e, por isso, temos uma segunda dica. Para colocá-la em prática, que tal utilizar o isopor que você jogaria no lixo para servir de enchimento de almofadas ou brinquedos de pelúcia? Para isso, você deverá limpar e separar partes metálicas, de papel ou adesivos do isopor, guardando-o em sua casa até possuir uma quantidade suficiente para encher suas almofadas (uma almofada medindo 40 cm x 40 cm, por exemplo, necessita em torno de 100 bandejas pequenas de isopor).
 
Exemplo de bandejas de isopor que podem ser utilizadas

Após separar as bandejas de isopor, você deve quebrá-las ou triturá-las em pequenos pedaços (quanto menores os pedaços, melhor). O próximo passo é colocar dentro da almofada a ser preenchida uma sacola plástica, que pode ser de supermercado, e enchê-la com o isopor triturado, mas deixando-a com um pouco de folga, tanto para poder amarrá-la sem problemas, quanto para que a sacola não estoure quando se coloque algum peso sobre a almofada. Dependendo do tamanho da almofada, pode ser que você tenha que fazer esse processo com mais de uma sacola.
 
Pedaços de isopor (quanto menor que isso, melhor (: )

Preenchendo a almofada 1

Preenchendo a almofada 2
Preenchendo a almofada 3
Para finalizar, você deverá preencher os cantos da almofada com pequenos sacos plásticos ou com meias velhas cheias de isopor triturado, dando-lhe um aspecto visual de uniformidade.
Finalizando o preenchimento: lembre-se de não deixar a sacola ficar aparecendo!
Almofada finalizada!!!! (:

Lembre-se que o melhor é evitar o uso desnecessário do isopor, mas nos casos em que não puder fazer isso, a dica acima pode contribuir (o que não impede que você busque alternativas e as compartilhe com a gente). Verifique, também, se na sua cidade existe alguma cooperativa de reciclagem que trabalhe com isopor e, caso haja, quando for realizar o descarte de seu lixo reciclável, separe o isopor junto com os materiais plásticos e encaminhe para essa organização – assim você ajudará na limpeza da cidade e ainda fomentará uma fonte de renda.



FONTES:

Um comentário:

Anônimo disse...

Bacana! a arte de criar para proteger o meio ambiente!

Fora, Temer!