Imagem obtida no Cordel Paraíba |
Desde
meu nascimento
Vivo em
greve de fome
Eu,
cara pintada n’outro momento,
Hoje
não sei meu nome
Então, ser
eu mesmo quanto vale?
Para
isso não estou nem aí, também não estou em braile
Pois
continuo a pular meus carnavais
E
mostrar em minha face os sinais
Que ao
agarrar-se ao suor de minha tez
Forma o
pó do chão ingrato que me fez
Afinal,
ser brasileiro é ter bravura
Seja
com a mão na pena ou na foice
Pois se
a vida aqui é dura
Também
pode ser mui doce.
Belém/PA, 5 de maio de 2012
(Dom Aquiles Crowley)
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