"Para fazer alguma coisa, é necessário querer muito.
Para querer apaixonadamente, é necessário acreditar com loucura."
(Regis Debray)
Na atualidade, o trabalho ocupa a maior parte do tempo das pessoas, que acabam por reclamarem da insuficiência de tempo para dedicação à família, à religião ou ao lazer, por exemplo. Nesse contexto, o planejamento apresenta-se como solução, pois este é a busca de soluções criativas e inovadoras por meio do uso do pensamento antes da execução da ação, não pretendendo prever o futuro, mas buscando definir antecipadamente as ações a serem tomadas para alcance dos objetivos traçados, uma vez que as pessoas não podem administrar o tempo, mas podem administrar as atividades que serão realizadas durante esse tempo.
Para possibilitar a realização do planejar, são necessários quatro itens essenciais: objetivos (o que se deseja), ações (o que vai ser feito para alcançar os objetivos definidos), responsáveis (definição dos nomes das pessoas incumbidas de executar as ações definidas) e prazos (definição da data e horário limite para execução das ações). Além desses quatro itens considerados essenciais, um processo de planejamento também exige método (do grego meta = além + hodos = caminho), que é a ação que leva ao alcance dos objetivos estabelecidos e da mudança desejada, e flexibilidade, que considera o nível de exigência dos interessados no planejamento e as contingências de cada situação, tornando necessárias, em diversas situações, negociações que possibilitem a tomada de medidas pautadas no consenso entre as partes envolvidas.
Todos estes itens serão definidos durante as etapas de elaboração do planejamento, que são:
a. Identificação do problema;
b. Definição dos objetivos e metas a serem alcançados;
c. Estabelecimento das ações necessárias ao alcance dos resultados desejados, com clara definição dos responsáveis e dos prazos iniciais, parciais e finais de cada ação;
d. Definição dos recursos necessários para alcance do resultado almejado, com estabelecimento das formas de obtenção destes;
e. Implementação das ações necessárias, iniciando-se pelas ações prioritárias e que dependem apenas dos recursos já disponíveis;
f. Acompanhamento da evolução das ações implementadas, verificando-se a adequação aos prazos;
g. Identificação e replanejamento do que precisa ser alterado para alcance dos resultados desejados; e
h. Avaliação e divulgação dos resultados obtidos, verificando-se as etapas onde houve falhas para possibilitar ações corretivas ou, em caso de alcance dos resultados desejados ou superação das expectativas, reconhecimento dos méritos pelo alcance dos resultados.
Importante citar que o planejamento deve levar em consideração os objetivos e ações prioritárias, sendo prioridade definida como aquilo que deve vir em primeiro lugar, podendo ser estabelecida por meio da verificação do impacto que o não alcance de um objetivo ou a não execução de uma ação causará no resultado. Além disso, também é interessante ser citado que um planejamento deve ter bem definido aquilo que não pode ser ou que não se pretende realizar, entretanto tais pontos devem ser revisados periodicamente, uma vez que o planejamento não constitui processo imutável.
Além de tudo o que foi exposto, vale ressaltar que o planejamento pode ser realizado individualmente ou em grupo, sendo que este fator será definido de acordo com a necessidade apresentada e recursos disponiveis. Assim, o planejamento individual tem como característica maior rapidez, entretanto o planejamento em grupo apresenta tendência de possuir maior consistência e qualidade quando seus integrantes estão direcionados ao mesmo foco, pois possibilita superação das limitações individuais de raciocínio e análise sob diversos enfoques.
*Texto baseado no conteúdo ministrado pelo Prof. M. Sc. Josué A. Monteiro Azevedo na oficina "Planejamento: uma ferramenta para a Qualidade de Vida" durante a programação da XI Semana Acadêmica de Administração da Faculdade Ideal (FACI).
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